Em 1952, Gabriel Ferrer realiza aquele que ficou sendo seu trabalho mais famoso: “Fogo na Fronteira”. Além de pertencer a uma categoria de filmes que mais agradava as multidões na época – o western – foi esse filme que escreveu seu nome e o de São Lourenço definitivamente na história do Cinema Nacional por ter sido o primeiro filme brasileiro realizado à cores.
Bem, podemos imaginar as dificuldades para se realizar um filme colorido numa época em que a própria realização de um filme em preto e branco já era uma tarefa mais do que complicada.
As cenas iam sendo filmadas e, paulatinamente o filme era enviado para Nova Iorque para ser revelado, já que no Brasil esse serviço não era executado. As revelações demoravam 3 meses para serem concluídas, o que criava um clima altamente ansioso entre os participantes, sem contar a grande decepção sofrida quando, devido a um erro de operação de um colaborador, perderam-se dois rolos do precioso celulóide importado dos Estados Unidos, e junto com eles, uma das cenas mais emocionantes “o estouro da boiada”.
As filmagens eram realizadas nos domingos à tarde. O ponto de encontro era no velho “Bar do Ponto”. De lá saíam os artistas já com a indumentária característica de “cowboys”. Era uma maneira de ao mesmo tempo economizar a troca de roupas e ir fazendo a propaganda do filme, afinal, quem não ficaria curioso vendo aquele bando de mocinhos vestidos como no Velho Oeste?
Após o término das filmagens, revelações no exterior e ao trabalho paciente e artesanal das montagens, veio a grande recompensa: a exibição no dia 11 de junho de 1953, no Cine Odeon, em duas sessões.
Elenco:
Emílio R. Dias
Doloema Siqueira
Jorge Bacha
Salomão Chaib
Darc Siqueira
Lenita Lacerda
Edson Rosalini
Carlos Ferrer
Otávio Junqueira
Synésio Fagundes
José Heliodoro Filho
Gabriel Ferrer
Orlando Rodrigues
Celso Ferrer
Jayme Cavalcanti
Mário Rodrigues
Luiz Sacchhi
Benendito Gonçalves
Sebastião Marques
Francisco Mendes
Fábio Gobbi
Samuel Lemos
Geraldo Mendes Pinto
Sebastião Machado
Braz Prince
José de Souza
Duração: 60 min
Assista o vídeo
Parte 1
Parte 2
Parte 3
Parte 4
Parte 5
PARABÉNS Sr. Gabriel Ferrer!
ResponderExcluirLindo seu trabalho dedicado ao cinema e a São Lourenço.
Sou da familia Bacha e Jorge Bacha é tio do meu marido. Gostariamos de saber, no filme "Fogo na Fronteira", quem é o Jorge Bacha, como podemos identifica-lo no filme. Muito obrigada! Dora
Dora, me perdoe a falta de atenção, infelizmente li seu recado tarde demais... Abraços
ResponderExcluir